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Apesar da ideia ser um artigo semanal, às vezes deparamo-nos com certas coisas que nos impressionam (positiva ou negativamente) e temos de as deitar cá para fora.
Portanto, esta semana há extra.
Hoje trago-vos duas crónicas que li durante esta semana e que falam sobre experiências de partos na MAC. O que apresentarei primeiro é mais recente (deste mês) e revolta-me por o considerar tão descabido. O segundo é um artigo que encontrei, tem cerca de sete meses, e demonstra o que é realmente importante e o motivo pelo qual muitas mães escolhem a MAC.
Antes de mais parece-me importante referir algumas questões:
- Cada parto é um parto, as experiências são sempre uma coisa muito íntima e pessoal;
- Até na melhor maternidade do mundo há partos que correm mal e no meio do mato há partos que correm bem - logo, a não ser que haja uma taxa de insucesso brutal que se verifique ser da responsabilidade do estabelecimento de saúde, não se lhe pode imputar esta responsabilidade quando um parto corre mal (ou menos bem);
- Eu sou defensora do Sistema Nacional de Saúde (seja MAC, seja Hospital Santa Maria, seja o que for) e vários dados/estudos demonstram que é dos melhores sistemas a nível europeu;
- Vou ter a minha bebé na MAC e já lá tenho ido a consultas, fazer exames e análises e até já fui parar às urgências. Só me falta mesmo parir e não tenho razões de queixa nem do pessoal nem das instalações.
Vamos à crónica menos positiva, para que depois se possa terminar em espírito positivo.
Imagem retirada da crónica |
"Maternidade Alfredo da Costa, a fábrica de parir e o acompanhante que não é de luxo" - começamos bem. Com um título que quase nos dá a sensação de que uma mulher que vá ter o filho à MAC vai ser posta numa espécie de galinheiro, separada por grades de quem a acompanha. Estão a ver aqueles documentários sobre quintas sem condições? Foi logo a imagem que me veio à cabeça. "fábrica de parir" - mete medo.
Eu acredito, ou quero acreditar, que Tiago Miranda tenha escrito esta crónica com as emoções à flor da pele e com pouco distanciamento afectivo da sua experiência, o que o fez escrever algo que não só contradiz muitas experiências de utentes da MAC, como certos despautérios que aqui criticarei.
De toda a crónica, há duas razões que, a serem confirmadas, deviam ser o ponto fulcral do que ele escreve, e deixarei para o fim. Mas, infelizmente, este recém-pai (os meus parabéns por isso) prefere escrever um lamento sobre como não teve a atenção que considera merecer.
Logo no primeiro parágrafo, dá a entender que é jornalista - "(...) tive todas as dúvidas de um jornalista que precisa de expor a sua vida privada (...)". Acontece que Tiago Miranda tem todo o direito à sua opinião e a escrever crónicas, mas NÃO é jornalista, é fotógrafo. Aliás, tem uma licenciatura em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas Artes e um curso de Fotografia Profissional pelo IADE. Analisando por alto o currículo da sua licenciatura, Tiago Miranda, sabe perfeitamente o que está a fazer à imagem da MAC quando escreve esta crónica e lhe dá este título. Se não sabe, devia. Pelo menos, há um asteriscozinho ao lado do nome dele que, se repararmos e nos dermos ao trabalho de ir à procura, indica que é "fotojornalista".
A sensação que se tem ao ler o título é reforçada quando há uma comparação da MAC a um restaurante com "ratazanas de meio metro a passear na cozinha".
Isto não só é horripilante de se dizer, como, da minha experiência, não corresponde DE TODO à realidade. A maternidade não é um local novo, precisa de algumas modernizações a nível das instalações, mas é de uma irresponsabilidade brutal compará-la a um restaurante de uma história da ASAE. É injusto, é feio e dá uma ideia que não representa a realidade.
Logo a seguir diz duas coisas extremamente relevantes e não de somenos importância: primeiro na analogia do restaurante - "(...) comida absolutamente deliciosa e um chef com cinco estrelas Michelin"; depois quando diz que "os médicos estão de parabéns porque ela [a filha] está óptima de saúde".
Pelo menos, de um modo muito sucinto ficamos a saber que o parto até correu bem e que a filha está bem. Quanto à mãe e ao seu estado, fica-se a saber muito pouco. No entanto, deve estar óptima, porque senão esta crónica abordaria mais a mãe.
Começam a "aventura" num quarto das urgências onde a mãe tem uma cama de parto e o pai só tem uma cadeira "de tortura". Começam aqui as queixas do pai, enquanto pai, e sobre ele mesmo. A maioria das queixas de Tiago Miranda são sobre as condições que são dadas aos pais.
Queixa-se da cadeira de metal que está ao lado da cama da mulher (não se queixa das condições dadas à mãe naquele momento), queixa-se de como só tinha essa cadeira e que quando estava desconfortável se sentava no chão (será que queria um sofá onde se pudesse estender?), queixa-se de como tinha de ceder o seu lugar à mulher quando ela precisava de usar a arrastadeira (em momentos em que não havia auxiliares que a levassem à casa de banho), e ainda se queixa de que não lhe ofereceram comida ou água e que ele tinha de as ir comprar. Portanto, sabemos que o acompanhante (esta palavra é importante) não era tratado nas palminhas, quanto à mãe e ao seu conforto e alimentação - nem uma palavra.
Ok, ainda lhe dou a legitimidade de poder haver uma cadeirinha mais confortável para que o acompanhante se sente, porque podem ser várias horas (no caso dele 24, segundo diz). Mas queixar-se que, num estabelecimento de saúde público, não oferecem refeições ao acompanhante? Tiago, nem no privado, onde tudo se paga. Até lhe podem trazer um tabuleiro todo catita, mas tudo se paga, até as refeições da mãe. Já no público, não se gasta um cêntimo com o parto e todo o processo até lá (consultas, análises, exames, etc) e ainda queria que lhe servissem comida?
Tiago Miranda queixa-se de ter sido vítima de "machismo" por parte da MAC. Como assim? Vítima de machismo?
Para Tiago Miranda, deixado de ser tratado por "pai" para ser tratado como "acompanhante" é uma "das formas mais elementares de machismo", diz que é um "problema de princípio", e segue numa verborreia sobre o que para ele é ser o acompanhante: o "simpático que está ali por bondade", o que está "porque lhe apetece mas poderia não estar" ou o "chato que está ali a mais e que não devia estar". Diz que é machismo o pai ser percepcionado como acompanhante, porque o remete para "a categoria de acessório".
Caro Tiago, em algum momento parou para pensar que nem todas as mulheres são acompanhadas pelo pai dos filhos? Pelos mais variados motivos há mulheres que estão sozinhas, que são acompanhadas pelos próprios pais, ou irmão ou alguma figura importante que lhes dê apoio? Que acompanhante não é figura acessória, nem está limitada à figura do pai da criança que vai nascer? Tem noção de que antes de nascer a criança não tem nome? E como chamariam o acompanhante "o pai, do filho ou da filha, da senhora tal"? E se a mulher não fosse acompanhada pelo pai da criança, toda a gente teria de ficar a saber qual o laço familiar/afectivo que os une? Expôr uma mulher cujo(a) acompanhante seria chamado(a) por "o tio da Maria", ou "o namorado da Isabel", ou "a mulher da Ana"? E o problema de logística que isso implicaria para o serviço? Em cada ficha teria de estar discriminado quem é o acompanhante? Isso não só daria mais trabalho, como haveria maior probabilidade de acontecerem enganos, já para não dizer que seria altamente intrusivo?
Tenha bom senso, Tiago. Acha que estas coisas não são ponderadas? Ou queria um tratamento especial? Uma almofadinha, um tabuleiro com comida e um "cognome" só para si?
Tal como se queixa do termo "acompanhante", queixa-se de falta de sensibilidade quando os profissionais utilizam a palavra "parir". Gostava que usassem outros termos, "dar à luz" ou "ter um filho". E ainda diz que os profissionais "adoram nomes técnicos como se isso lhes atribuísse mais um grau académico de cada vez que usam a palavra". Portanto, "parir" é uma palavra muito dura para Tiago Miranda (se calhar, se tivesse a almofadinha na cadeira não estivesse tão sensível a este termo). Já eu, se levasse com um técnico de saúde que me perguntasse se estava pronta para "dar à luz", temia logo pelo que viria a seguir e não ficaria muito segura do que me fariam.
Se é parir, é parir. Se é fotógrafo ou designer, não é jornalista (mesmo que trabalhe para um jornal).
Num parto, pare-se, não se dá à luz. É uma mama, não é "maminha" ou "peito"; é vagina, não é "pipi"; é pénis, não é "pilinha".
E o Tiago ainda diz que é esta sensibilidade que nos torna humanos. Portanto, o que nos torna humanos é sermos sensíveis a nomes técnicos? É que uma coisa é adaptarem a linguagem quando há o risco do interlocutor não perceber o que estão para ali a dizer, mas não me parece que "parir" seja um termo só conhecido pela classe médica. Mas pronto, se calhar o Tiago já estava rabugento com a fome. Se lhe tivessem dado uma bucha (como a mim me deram quando fui parar às urgências e não tinham de o ter feito), talvez esta crónica não tivesse sido escrita.
Depois também se queixa de que o hospital não queria que a mulher ficasse sozinha com os seus pertences, porque não assume a responsabilidade pelos mesmos. Epá...
Quando há pessoas que se queixam por tudo e por nada, acham mesmo que ainda queriam ter chatices por causa da porcaria de um telemóvel perdido? Ou que a equipa deveria também assumir a responsabilidade de guardar os pertences da mãe? "Senhora enfermeira, eu sei que é um momento delicado, mas pode ir guardar as minhas jóias e o meu telemóvel, se faz favor?".
Acabado o parto, foram para o quarto e continuam as críticas. O espaço reservado às mães é muito pequeno. Numa enfermaria, num estabelecimento público, onde há 7 ou 8 mães, com os respectivos bebés, Tiago acha inadmissível não ter espaço para a mala do bebé, a mala da mãe, fraldas e berço.
Isto aqui merece duas críticas da minha parte:
O Tiago e a mulher não sabiam para onde iam? É que em nenhum momento da crónica dá para perceber que iam para um hospital privado (onde há quarto privado com casa de banho e refeições e camas, etc) e acabaram por ir parar às urgências da MAC sem o desejarem. Se fosse esse o caso até entendia o choque. Até certo ponto, porque só mesmo quem nunca entrou num estabelecimento público é que ficaria tão chocado. Por exemplo, eu sei como é a MAC. Só levo uma mala, precisamente por saber que o espaço é pequeno, por já lá ter ido visitar mães, por me ter informado, etc... E até tenho preparada uma logística de ir levando e trazendo coisas de casa, para ir o menos carregada possível.
Tiago Miranda vai a extremo de comparar o espaço que a mãe tem a uma cela de prisão. E diz que os presos têm mais espaço! Ai, ai... Suspiro... Vamos mesmo comparar a situação de recluso com a situação de alguém que é suposto estar internado durante 3-5 dias?
Mas claro que o Tiago consegue tornar esta situação acerca dele, porque aborda este espaço como sendo "da mãe, do bebé e do seu acompanhante". Aposto que agora, já sentia falta da sua cadeira de tortura.
Depois diz que na MAC não dão banho aos bebés por não haver banheiras. Até parece que na MAC deixam os bebés todos sujos e sem condições. Como estive lá ontem aproveitei para perguntar à enfermeira se os bebés tomavam ou não banho. Respondeu-me que os bebés são lavados, simplesmente, com recurso a compressa e líquido lavante. Não há necessidade de dar banho com água.
Diz ainda que "as mães também praticamente não tomam banho porque os chuveiros têm pouca ou nenhumas condições". Se eu fosse pensar nos motivos que levam uma mãe que acabou de parir a não tomar banho, a falta de condições não seria a minha primeira opção. Vamos lá ver: "porque estão estafadas" ou "porque não querem abandonar os bebés" estariam no topo da lista. E o que é "não ter condições", cheira-me que o que o Tiago quer dizer é que a casa de banho não é nova e os polibans não são da Sanitana, nem têm porta de vidro ou a pressão ideal.
Ficamos sem saber, é apenas transmitida uma ideia das poucas condições de higiene para mãe e bebés. Ideia esta que eu não posso confirmar ou desmentir, mas que daqui a uns dias já o poderei fazer.
Outra queixa do autor da crónica tem a ver com as televisões da enfermaria. São dois televisores e não estão bem sintonizados porque "ninguém se deu ao trabalho".
Será que o Tiago tentou? Eu imagino que, se quisesse mesmo ver televisão, pedia ao meu marido para tentar sintonizar a televisão. Aliás, já o fizemos num hospital onde fomos visitar a minha avó. Não custa nada e acredito que, para quem lá trabalha, sintonizar uma televisão seja algo em que nem pensem. Em vez de não fazerem porque dá trabalho.
Aqui entre nós, por mim nem havia televisão. Estou mesmo a ver que vou ter de gramar com os programas da manhã e da tarde, com telenovelas e reality shows... Enfim, felizmente tenho telemóvel com internet e uma bebé para admirar.
Aqui entre nós, por mim nem havia televisão. Estou mesmo a ver que vou ter de gramar com os programas da manhã e da tarde, com telenovelas e reality shows... Enfim, felizmente tenho telemóvel com internet e uma bebé para admirar.
Quais as queixas em que dou razão a Tiago Miranda:
- Quando diz que não o deixaram assistir ao parto. Não diz porquê, se calhar nem sabe, mas o que importa é que não assistiu ao parto da filha. E aí, de modo genérico, estou do lado do Tiago. Se o impediram de estar num momento tão especial, apenas porque a equipa técnica não teve vontade, acho grave. Até porque contradiz a lei actualmente em vigor, que diz que se os estabelecimentos cumprirem todas as condições e não houver uma situação clínica que o impeça, o acompanhante pode assistir ao parto por cesariana. Neste caso, não é referido o motivo alegado pela equipa para não o deixar entrar antes do parto, só no final;
- Outra queixa grave que Tiago faz é, infelizmente, relegada para um "P.S". Diz que há portas de emergência trancadas com cadeado. A confirmar-se isto, é gravíssimo! E merece que não se fique num rodapé de uma crónica, mas que seja alvo de queixa formal. É um perigo. E é chocante.
A Maternidade Dr. Alfredo da Costa é uma instituição antiga, quer em prática, quer em edifício. E, infelizmente, tal como muitos outros estabelecimentos públicos (de saúde e não só) foi vítima da falta de verbas crónica do nosso país e de negligência política. A agravar, nos últimos anos, o SNS sofreu e muito. Foram cortadas verbas às instituições e quem lá estava que se governasse com o (pouco) que havia, o serviço público foi descredibilizado e houve uma pressão imensa para que os utentes fossem passando para os serviços privados.
Se a MAC já era antiga e a precisar de amor e carinho a nível das instalações, ainda a queriam encerrar, pelo que o cenário não tinha como melhorar. No entanto, nunca lhe faltou o profissionalismo e excelência de quem lá trabalha. Felizmente, houve uma grande pressão por parte da comunidade e conseguiu-se que não encerrasse. Agora é dar tempo à gestão e administração para que modernizem a MAC.
Aliás, não é para que modernizem, é para que continuem a modernizar. Sempre que lá vou, e ainda ontem lá estive, tenho a possibilidade de utilizar as instalações e não vejo nada decrépito. Não vejo um local xpto, todo bonito, mas até ao momento não me posso queixar das instalações, dos materiais, etc. Utilizo a casa de banho e está sempre impecável. Não é nova, mas está sempre limpa e tem as condições que uma casa de banho deve ter: sanita, papel higiénico, autoclismo a funcionar, lavatório, água, sabonete, toalhas de papel e caixotes de lixo.
Já os gabinetes médicos e do CTG (nas consultas de alto risco) estão novos, estão limpos, há aparelhos mais modernos do que outros (mas desde que funcionem bem...); no laboratório de patologia clínica o cenário é igual - tudo impecável; e nas urgências a mesma coisa - estive na triagem, na salinha do CTG/Soro, no gabinete médico, no gabinete das Ecos e em duas casas de banho -, cuidado e modernizado dentro do possível. O edifício em si não tem um ar novo (como poderia?), mas está cuidado e em condições. Pelo menos, as partes por onde já andei.
A MAC está em processo de modernização e, se actualmente, as enfermarias são para 7 a 8 mães e respectivos bebés, já li que um dos objectivos é que passe a haver quartos para 2 e quartos para 4 mães. Não encontrei o que tinha lido, mas encontrei este e este.
E reparem, quando me intitulo "Menina" é mesmo porque sou uma menina. Estou muito mal habituada, gosto de ir fazer massagens de vez em quando, sou incapaz de acampar, se vou para fora tenho sempre de ter casa de banho privada, etc.
Se aquilo que eu tivesse visto da MAC fosse tão tenebroso como a crónica do Tiago Miranda a pinta eu teria escolhido outro sítio. Não tenho necessidade financeira de recorrer ao serviço público, mesmo não tendo seguro de saúde. Se fosse preciso, tenho a sorte de ter meios que me permitiriam pagar todo o parto do meu bolso.
No entanto escolhi a MAC. Porquê? Por causa daquilo que é realmente importante para mim: a segurança da minha filha e a minha, durante o parto. Porque sei que, na eventualidade de algo mais complicado acontecer, estou bem entregue. Obviamente que a MAC não é um local mágico com um manto protector onde só acontecem coisas boas, mas ali as minhas probabilidades são melhores.
Quero lá saber se tenho um colchão viscoelástico ou um de molas, se a pressão do chuveiro é boa ou se só sai um fiozinho de água! Quero saber que estou em boas mãos.
Nunca na vida fui internada, nunca na vida fui parar a uma enfermaria. E sei que me vai custar imenso que o Duarte não possa dormir lá ou não possa passar lá mais tempo, ou não ter a minha privacidade. Mas isso não é a minha prioridade, eu não vou parir a um hotel (sim, parir!), vou para um hospital.
E pelo que também já li, poderei não ter a minha privacidade, mas há um grande espírito de entreajuda entre as mulheres.
Assim, e para finalizar, deixo-vos a crónica da Catarina Beato, uma mãe que pariu na MAC e partilhou a sua experiência.
Imagem retirada da crónica |
Quando a minha filha nascer contarei a minha experiência, como tenho feito até agora.
P.S.: Vi agora que foi publicado, no Expresso, o direito de resposta da MAC. Podem lê-lo aqui!
Bravo, MAC!
P.S.: Vi agora que foi publicado, no Expresso, o direito de resposta da MAC. Podem lê-lo aqui!
Bravo, MAC!
Podes ainda não ter visto, mas os duches não são o último (nem o penúltimo) grito da moda, no entanto a necessidade para a qual existem, funcionou à mil maravilhas nos 3 dias que lá estive. E sim estive porca e mal cheirosa, porque tive em trabalho de parto 17 horas, 17 horas de sudação, 17 horas em que as últimas foi de deixar sair liquido amniótico,sangue, entre outros fluídos. E nos últimos minutos entre forceps e outros milhentos aparatos médicos expeli um ser vivo (LINDO E MARAVILHOSO, PERFEITO COM 5 DEDOS EM CADA MÃO E PÉ), ser vivo esse, que não tomou banho nas primeiras horas, apenas foi limpo e aspirado, e nas seguintes tomou uma banhoca à gato, pois é contra indicação dar banho total ao RN.
ResponderEliminarVoltando à minha higiene pessoal, nas primeiras 6 horas pós PARIR, não nos podemos levantar, logo ficamos mal cheirosas. E até à hora de visitas também não tomei banho, fazia-me confusão deixar o meu príncipe, não sozinho, mas sem mim!!! Só me desloquei aos duches quando o meu marido chegou!
A cadeira do acompanhante, não era de ferro...era de plástico :P!!! Se era, ou não, confortável, acho que foi das coisas que menos importância teve para o Márcio! Afinal a mulher dele estava ali, numa cama, desesperada com dores e ele numa sensação de impotência...
A única coisa que posso apontar na MAC, não é a mobília velha, os bancos de madeira, isso é tão secundário, fui levada para o bloco e não deram informação nenhuma,a cerca do meu estado ao meu marido, que esteve a "bater mal" durante duas horas, e coitado cheio de fome, porque não lhe deram refeição -.-. O desenrascado teve de ir à mala do carro buscar a comida que tinha preparado previamente, para a eventualidade da coisa se prolongar!
Tenha juízo Sr. Tiago, que nós vamos ali para PARIR e usufruir dos melhores cuidados que os médicos da especialidade nos dão. O Acompanhante, que leia os seus direitos e deveres antes!
Menina Mi, vai correr tudo bem, mas pelo sim pelo não, o Duarte que leve a marmita!!!
Ai, pá! A crónica deste indivíduo irritou-me imenso (como se nota).
EliminarEpá, podem não gostar, podem criticar (porque há críticas a serem feitas e é bom que as pessoas se queixem para que se possam fazer mudanças), mas que o façam dizendo a verdade e com pés e cabeça. Mentir descaradamente e manchar a imagem de uma instituição é grave. O resto são baboseiras sem cabimento, de bradar aos céus.
A MAC teve uma resposta fabulosa e elegante.
Provavelmente, também só irei tomar o meu duche quando chegar o Duarte. Até lá, a Miminho que fique a sentir o meu cheiro intenso. Deixá-la sozinha (sem mim)? Nem pensar!!
EliminarEstou grávida de 6 meses, a ser seguida no privado mas vou ter a minha bebé na MAC e não podia concordar mais com este texto :) tenho 2 seguros de saúde, uma gravidez de baixo risco, poderia ter a nossa filha no hospital privado que quisesse, mas escolhi a MAC porque quero ter a confiança de saber que, se algo correr mal, estou no melhor sítio para eu e ela sermos assistidas. Em breve farei a visita à maternidade e toda a gente diz que "ficou chocada" com as instalações. Veremos... toda a vida andei em escolas públicas, numa universidade pública, frequentei hospitais e centros de saúde públicos, bem como outros serviços, pelo que duvido que vá ficar "chocada", mas obviamente não estou à espera de encontrar um "hotel" como no privado. Se tudo correr bem é um parto normal e passo lá 2 noites. Acho que essas questões acessórias, num momento desses, não passam disso mesmo.
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