sábado, 4 de março de 2017

Desafio - Amor Próprio (semana 1)

Na semana passada deixei aqui um desafio para que se cultive um bocadinho de Amor Próprio.


Atenção: Amor Próprio não é sinónimo de egocentrismo ou narcisismo, é sinónimo de nos conhecermos bem, de nos aceitarmos, de aceitarmos e resolvermos as nossas falhas e de gostar de nós mesmos.

Durante esta semana as tarefas do desafio eram:
Dia 1: Tirar uma selfie;
Dia 2: Escrever um traço da personalidade que gostemos e porquê;
Dia 3: Fotografar uma parte do nosso corpo que seja a nossa preferida (cuidado com os xxx);
Dia 4: Escrever algo pelo qual precisemos de nos perdoar, e perdoar;
Dia 5: Fotografar algo que nos faça sorrir (sem serem pessoas);
Dia 6: Escrever um hábito pouco saudável que tenhamos e riscá-lo;
Dia 7: Fotografar o conjunto ou a peça de roupa preferida.


Dia 1: a selfie - Esqueci-me completamente do desafio durante todo o dia e só me lembrei no final de uma noite de convívio em casa de amigos. Lá fui eu, toda desgrenhada e cansada, para a casa de banho cumprir o desafio. Não sou a melhor a tirar selfies, nem tenho grande paciência para isso. A fotografia espelha o meu cansaço, mas que melhor para um desafio de Amor Próprio do que partilhar uma foto em que não estamos com o melhor aspecto? Também temos de gostar de nós nestes momentos.

Dia 2: traço da personalidade - Passei o dia todo a pensar nisto. Confesso que tenho diversos traços de personalidade que aprecio em mim e para os quais trabalhei bastante. Não sou perfeita, nem pretendo sê-lo, mas sou a minha maior crítica e faço muito trabalho introspectivo para perceber quem sou, como sou, como reajo aos outros, perceber onde falho e como o posso corrigir ou controlar. Poderia dizer que sou assertiva ou persistente ou outra coisa qualquer, mas acho que a resiliência é a característica que mais gosto em mim porque sem ela não estaria onde estou, não teria sido capaz de enfrentar os contratempos e tragédias que ocorreram na minha vida e sem ela não teria sido capaz de ir construindo as ferramentas para lidar com os que ainda virão. Para mim é, não sou a que mais gosto, mas a que considero mais importante.

Dia 3: Parte do corpo preferida - Não, não são os meus olhos. Não, não são as mamas, nem o rabo. O que eu gosto mesmo é do meu pescoço. É comprido, gosto de como se vê o esternocleidomastóideo, gosto de como esse músculo se junta às saliências das clavículas. Acho-o extremamente feminino, delicado e sensual. E agora, depois de ter visto o "The Crown", fui recuperar os colares de pérolas, que tenho usado todos os dias. São tão elegantes.
Tenho é de ter cuidado com a papada, que estraga tudo. Raios partam a idade! Vou já abrir uma conta poupança para tratar disso daqui a uns anos.

Dia 4: Algo a perdoar - Mais uma que me fez passar um belo tempo a pensar. Cheguei à conclusão de que é um trabalho que já devo ter feito ou que ainda está reprimido em mim, pois não encontrei nada pelo qual necessitasse de me perdoar. Nada pelo qual me culpabilize e que me assombre.
No entanto, acho que, certamente, terei feito algo a alguém pelo qual precise de ser perdoada. Embora não o saiba porque não me foi dito, tenho perfeita consciência disso. Portanto, se alguém considera que lhe devo um pedido de desculpas está à vontade para vir falar comigo.

Dia 5: Algo que me faça rir - o livro de ilustrações "Marotices", de Marion Fayolle. É delicioso, é irreverente, é de insinuações sexuais sem ser ordinário e apropriado para todas as idades. Tenho-o na sala, na mesinha de centro e toda a gente que o vê, pega nele, e ri-se imenso. Tinha-o comprado para oferecer, mas quando o trouxe para casa não me consegui separar dele.

Dia 6: Um hábito pouco saudável - Estou grávida, pelo que os hábitos pouco saudáveis tiveram de cessar. Pelo menos os hábitos habituais: fumar, beber, etc. Antigamente também roía as unhas, mas consegui deixar-me disso. Agora acho que os meus hábitos pouco saudáveis são os psicológicos, os emocionais. E um deles tem a ver com a minha ansiedade e necessidade de controlo de tudo: preocupo-me com coisas que ainda não aconteceram. Basta serem uma ínfima possibilidade, que sinto a necessidade de me precaver e delinear planos de acção. Às vezes até me tiram o sono e consomem grande parte do meu tempo. É algo que tenho de resolver ainda, mas com tempo. Porque ter planos dá sempre jeito: raramente sou apanhada desprevenida.

Dia 7: Peça de roupa preferida - Não há dúvidas! É o meu tutu cor de rosa 💖💖💖 Faz-me sorrir, faz-me bem-disposta. Uma das minhas gatas (não sei qual, mas desconfio) fez o favor de andar a brincar com a saia mal a recebi e fez-lhe uns buracos, mas isso não me impede de de vez em quando a usar. Acho-a, apesar de tudo, irreverente. Quem é que anda com tutus? Bem, agora talvez não sejam tão irreverentes, porque entretanto ficaram um bocado na moda, mas quando o mandei vir não se via por cá. E mesmo assim, não há muita gente com coragem para os usar.



E pronto! Aqui ficam as considerações desta semana, para a próxima há mais!

Sem comentários:

Enviar um comentário