Train Spot GuestHouse - Estação Marvão/Beirã |
Confesso que acho uma parvoíce esta dos nomes ou se andar à procura de pacotes específicos para isto. Mas também não sou adepta de luas-de-mel ou chás de bebé, fui eu que tratei destas coisas para nós - adaptada aos nossos gostos. Além do mais, sempre que há uma celebração associada, os preços aumentam e a diferença é que nos oferecem uma garrafa de champanhe (espumante...) e uns chocolatinhos. O meu conselho: tratem vocês como se fossem umas férias normais (que, na prática, até são) e depois dêem a dica ao hotel de que vão celebrar uma data especial. Normalmente fazem uma atençãozinha e não cobram nada por isso. No nosso caso, acaba por ser o Duarte a pedir, como se me estivesse a fazer uma surpresa.
No caso da Babymoon, são umas férias em que a mulher está mais limitada em termos de mobilidade e do que pode comer e beber.
Eu até acho uma ideia boa! Não percebo é porque é que tem de ter um nome e tornar-se moda.
Parece-me bastante importante que o casal tire uns dias para ir relaxar e namorar, antes de assumirem um novo papel que os consumirá imenso: o de ser pais.
É importante também, para se abstraírem um bocado do "vou ser pai/mãe" e dos arranjos do quarto do bebé, e dos exames, e de todo e qualquer assunto que diga respeito ao bebé e que, muito facilmente, nos consome o dia a dia.
E ainda, para ganharem energias para se reforçarem como casal, para terem privacidade, para fazerem amor (se os médicos deixarem), para brincarem, para descobrirem coisas novas, para partilharem outras.
No nosso caso, e com o Duarte a trabalhar como um mouro, ficámo-nos por um fim de semana por Marvão e Castelo de Vide.
Aqui há uns anos, em trabalho, passei por esses dois sítios e fiquei apaixonada pela sua beleza. Desde esse dia que queria ir lá com o Duarte, mas havia sempre outras viagens ou outras coisas para fazer. Até agora, que lhe disse "quero ir passar um fim de semana fora contigo antes da bebé nascer".
Claro que o nosso fim de semana esteve em risco de não acontecer (como tudo! Já repararam que eu não consigo combinar uma coisa e ela, simplesmente, acontecer?).
Isto porque o nosso fim de semana romântico estava planeado para a semana em que eu fui parar às urgências. Enquanto lá estive e durante a consulta em que me deram alta, perguntei às médicas que me observaram se podia manter as minhas férias, mas responderam-me que o melhor era perguntar à médica que me segue, na quinta feira antes da ida.
Até à consulta toda a gente me dizia que o melhor era cancelar a ida ao Marvão. Todos! E eu fazia finca-pé e dizia "Ai, vamos, vamos! Eu quero ir para o Marvão! Eu vou conseguir ir ao Marvão. E se entrar em trabalho de parto, 2h30 dão perfeitamente para chegar a Lisboa".
Chegado o dia da consulta perguntei à médica que me respondeu "Claro que pode! E deve! Vão lá para o Marvão que é lindíssimo! Vão passear, vão namorar! Mas nada de relações sexuais! Só podem olhar um para o outro".
Eu adoro a médica que me tem seguido na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, a Dra. Isabel Nery. É o meu estilo. Muito pragmática, sem papas na língua, mas sempre bem disposta. Meteu-se imenso comigo quando me fez o exsudado vaginal e eu me queixei imenso por causa de um cotonete. As palavras "Oh menina, tem de relaxar, senão como é que eu tiro o cotonete?", enquanto todos nos ríamos naquele gabinete, ficarão para sempre gravadas na minha memória. Mas, para a semana, sai o artigo sobre o terceiro trimestre em que conto melhor esta história.
E, no dia a seguir, estávamos a caminho do Marvão.
Ficámos num sítio fabuloso: O Train Spot GuestHouse, localizado numa mítica estação de comboios, a estação Marvão/Beirã, classificada como património arquitectónico. Aqui passava o combóio que fazia Madrid-Lisboa e a estação Marvão/Beirã era a primeira/última em Portugal.
O Train Spot está impecável. Não é um hotel, é uma guesthouse com todas as condições que se pode querer. Limpo, asseado, com um pequeno-almoço de qualidade (tudo fresco e da terra - fenomenal!), bem decorado, enquadrado no cenário que o rodeia, sem pretensões. Arquitectonicamente, é lindíssimo.
Adorei, senti-me em casa. Conhecemos e gostámos imenso da dona, com quem ficámos imenso tempo a conversar sobre gravidezes, a diferença de vida entre Lisboa e o Marvão, etc.
Não me importava nada de voltar daqui a uns tempos.
Fomos na sexta feira para o nosso fim de semana. Na primeira noite, ficámos pela guesthouse, saíndo para ir ver o Benfica-Marítimo ao café da terra, onde a cada golo do Glorioso o dono ia para a porta soprar numa vuvuzela e onde perguntaram ao Duarte se era irmão do Rafael Rafa (acho que era esse o jogador, sou do SLB, mas há limites para tudo - O Duarte corrigiu-me, diz que ninguém diz "Rafael"). O jantar também foi por ali, num restaurante local. As costeletinhas de borrego estavam divinais. Agora marchavam.
No dia seguinte, depois de um farto e saudável pequeno-almoço, seguimos para Castelo de Vide.
Estacionámos junto ao Castelo, demos uma volta por ali e seguimos para a Judiaria. Entrámos na Sinagoga/Museu (que para nossa surpresa estava aberta a um sábado), descemos até à fonte da Vila e andámos pelas ruazinhas.
O Duarte só me dizia "E agora? Para subires? Como é que vai ser?". "Devagarinho e pela sombra!", respondi.
Castelo do Marvão |
No dia seguinte, depois de um farto e saudável pequeno-almoço, seguimos para Castelo de Vide.
Estacionámos junto ao Castelo, demos uma volta por ali e seguimos para a Judiaria. Entrámos na Sinagoga/Museu (que para nossa surpresa estava aberta a um sábado), descemos até à fonte da Vila e andámos pelas ruazinhas.
O Duarte só me dizia "E agora? Para subires? Como é que vai ser?". "Devagarinho e pela sombra!", respondi.
Almoçámos por Castelo de Vide e voltámos ao Train Spot para dormir uma sesta. Eu precisava de descansar e o Duarte não vive (ou vive mal) sem as suas sestas.
Quando acordámos seguimos para o Castelo do Marvão. Que é capaz de ser o Castelo mais bonito e bem enquadrado que já visitei. Lá em cima pode não haver muita coisa, mas o que há é grandioso e belo! Super bem cuidado, com muita atenção e carinho. Nota-se. Acabámos a lanchar (e a comer um gelado!) numa esplanada.
Quem não conhece esta zona do nosso país, devia! Vale mesmo a pena e não é preciso muito tempo.
Não passámos muito tempo no Marvão ou em Castelo de Vide, nem visitámos muitas coisas, para grande pena minha. Mas, nessa semana tinha estado nas urgências e não podia abusar da minha sorte. Nada de canseiras, nada de andar de um lado para o outro.
Quando acordámos seguimos para o Castelo do Marvão. Que é capaz de ser o Castelo mais bonito e bem enquadrado que já visitei. Lá em cima pode não haver muita coisa, mas o que há é grandioso e belo! Super bem cuidado, com muita atenção e carinho. Nota-se. Acabámos a lanchar (e a comer um gelado!) numa esplanada.
Quem não conhece esta zona do nosso país, devia! Vale mesmo a pena e não é preciso muito tempo.
Não passámos muito tempo no Marvão ou em Castelo de Vide, nem visitámos muitas coisas, para grande pena minha. Mas, nessa semana tinha estado nas urgências e não podia abusar da minha sorte. Nada de canseiras, nada de andar de um lado para o outro.
Castelo do Marvão |
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