quinta-feira, 17 de maio de 2018

Fashion - Designers IV

Se o dinheiro não fosse constrangimento, o meu armário seria Dior de uma ponta à outra ❤
(mas pronto, eu contento-me com as Inditex da vida e com o AliExpress...)

Receitas da Menina - BLW: Organização e Preparação


Ao longo dos últimos meses tenho recebido inúmeros pedidos para partilhar as receitas que faço para a D. Carmita e cujas fotografias partilho convosco.
Finalmente, chegou o dia de começar a cumprir. Nunca me fartarei de repetir: eu tardo, mas cumpro! (devia passar esta frase para a descrição do blogue...)

Já partilhei convosco uma série de artigos sobre Baby-Led Weaning (BLW) cuja leitura aconselho vivamente antes de se atirarem de cabeça a seguir as receitas que irei, futuramente, partilhar. No final deste artigo poderão encontrar as ligações para todos eles.
Num deles, "O Nosso Baby-Led Weaning (BLW)", falei de como optámos por um método híbrido em que seguimos, fundamentalmente, o BLW, mas com certos cuidados do método tradicional, principalmente no que diz respeito à introdução de novos alimentos. Também vos falei de como cortava os alimentos (importante para os bebés mais pequenitos e que estão numa fase de início de BLW) e do meu calendário, que me ajuda a organizar.

Ora, com o crescer da Carminho, a experiência da prática e com o maior à vontade nestas andanças, fui relaxando, experimentado e o calendário serve apenas como linha orientadora. Até porque, enquanto tivermos vegetais/frutas para consumir, não vamos comprar mais só porque o calendário assim o diz.
Ultimamente também tenho sentido algumas alterações nas vontades alimentares e comportamentos da Carmita e decidi que tenho mesmo (MESMO) de começar a acompanhá-la e a comer o mesmo do que ela. Sem receios de que ela me tire comida do prato. E também para eu mesma começar a ter uma alimentação mais saudável. Não sei se irei a tempo do Verão, mas enfim...

Feito o enquadramento, o que se segue é a minha organização, preparação dos alimentos e confecção - base para todas as receitas de almoço/jantar que faço para a Carminho, agora que está mais crescidota.



A organização
Como agora vou partilhar com ela, vou descrever como será a minha organização e não como é actualmente, visto precisar de uns ajustes.
Uma vez por semana é dar uma olhadela no calendário e ver o que precisamos. Ao contabilizar as porções, prefiro errar pelo excesso do que arriscar que ela fique com fome.

Proteína
- Peixe: 300 gr.;
- Carne: 300 gr.;
- Grão: 200 gr.;
- Feijão preto: 200 gr.;
- 2 ovos.
(sim, as leguminosas entram neste grupo e devem ser compradas secas e demolhadas e cozidas em casa. As de lata têm uma enorme quantidade de sal que não é adequado para bebés)

Vegetais
- 470 gr. de abóbora;
- 120 gr. de cenoura;
- 120 gr. de brócolos;
- 160 gr. de courgette;
- 350 gr. de chuchu;
- 120 gr. de batata-doce;
- 160 gr. de couve-flor;
- 350 gr. de nabo.

Cereais
- 500 gr. de arroz;
- 500 gr. de massa.


Com estas quantidades posso preparar o nosso almoço e a sopa que comemos ao jantar. Para além disto, ainda é preciso comprar fruta, iogurtes, queijo, papas, pão. Mas o plano alimentar completo, fica para o próximo artigo sobre a alimentação da Espiguita. Porque, apesar de preferir errar pelo excesso, esta menina está sempre com fome. Sempre. Pode ter acabado de comer, mas se nos vê a comer outra coisa, vai querer. Então preferi fazer mais refeições ao longo do dia, embora menores. Isto tudo, sempre complementado com a maminha.



A Preparação
Quando chegamos a casa com as coisas adiantamos logo tudo o que podemos.
Os vegetais são cortados aos palitos (ou quadradinhos agora que a Carmo já tem praticamente 1 ano) e vão para o congelador crus (os de folha, incluídos).
As leguminosas são demolhadas, cozidas e congeladas. É a única coisa que se cozinha antes de congelar. Simplesmente porque demoram muito mais a cozer do que os vegetais.
A carne e o peixe, também vão para o congelador.
Guardo as coisas em sacos próprios para congelação (gosto dos do IKEA).


A Confecção-base
Eu gosto de preparar os almoços para cada 3 ou 4 dias. De segunda a quarta são os dias de peixe; quinta é o dia vegetariano - do ovo; e de sexta a domingo são os dias de carne.

Vou-vos dar como exemplo os dias de refeição de peixe. 
Segunda de manhã, retiro as quantidades necessárias de vegetais e de peixe do congelador e coloco a cozer a vapor (na Bimby).
Vegetais: 30 gramas de abóbora, 30 gramas de brócolos, 30 gramas de batata (é importante ter vegetais de cor diferente para uma maior variedade nutricional);
Peixe: 120 gramas de pescada.
Cereais: 90 gramas de arroz (como já vos disse, tenho imensa dificuldade em cozer arroz. Esta parte fica com o Duarte).
Faço os vegetais e a proteína ao mesmo tempo na Bimby. Normalmente, os vegetais ficam cozidos em 20 minutos. Alguns podem ficar um pouco mais molinhos do que outros, mas o importante é que fiquem todos bem cozidos (que se possa esmagar entre o indicador e o polegar, ou ao empurrar o alimento contra o céu da boca com a língua).
O peixe costuma ficar pronto ao mesmo tempo que os vegetais, a carne pode precisar de mais uns minutinhos (depende da grossura da peça).

A partir daqui podem fazer o que quiserem, como quiserem.
Podem apresentar tal como está, adicionando um fio de azeite. Podem levar ao forno para tostar e ficar uma camada crocante; adicionar água, triturar e transformar em sopa; saltear em azeite, cebola e alho; levar ao 1, 2, 3 para tornar os alimentos em pasta e depois fazer bolinhas ou croquetes; picar e misturar com ovo para fazer os queques de ovo, as panquecas de ovo ou omelete (substituindo o peixe ou a carne).
Estejam também à vontade para irem introduzindo condimentos: pimenta, tomilho, orégãos, etc. Excepto sal. 

Daqui a uns dias, vou partilhar uma receita de bolinhas, passo a passo.
Até lá, têm aqui a base para se poderem aventurar a fazer experiências. Asseguro-vos de que é tudo super simples. Pode ser chato à brava estar a fazer bolinhas, é verdade, mas difícil não é.


Artigos relacionados:

terça-feira, 15 de maio de 2018

"Eat Local", por lucileskitchen



Tinha-me comprometido a começar a partilhar as minhas receitas de Baby-Led Weaning e o prometido é devido!
Nesta semana, vou apresentar-vos as duas bases fundamentais das receitas: como me organizo e qual a preparação que dou aos alimentos.
Com estas duas informações, podem começar já a experimentar e a tentar inovar nas vossas casas e com os vossos bebés.

Vou tentar voltar às publicações regulares, com artigos semanais. Já os tenho todos alinhavados para as próximas semanas. A ver se volto a encarrilar.

Dica
Uma das formas de termos uma alimentação saudável é optarmos por alimentos o mais frescos possíveis.Uma das formas de sabermos se são realmente frescos é escolhermos produtos locais, que tenham viajado o menos possível.

sábado, 5 de maio de 2018

Fraldas Reutilizáveis - Parte II: Passo a Passo


Passo a passo
Este tipo de fraldas, de bolso, deve ir à máquina com todos as partes separadas.

1. Sempre que tiro uma fralda suja, retiro os absorventes, abro as molas, fecho a fralda do avesso para que fique bem lavada e para que o velcro não prenda noutras peças. Eu acho que o velcro é o melhor para ajustar na cintura, mas tem o inconveniente de poder ficar preso noutras peças de roupa. Quanto ao revestimento, se tiver cocó vai para a sanita, se tiver só xixi, vai para o cesto da fraldas sujas. Actualmente os revestimentos que uso, dão para ser lavados até 6 vezes (de acordo com algumas mães);

2. Quando tenho 3 dias de fraldas sujas, meto tudo na máquina juntamente com o resto da roupa suja. Faço um ciclo grande, de 2h30 e a 40º (se for tudo peças que possam ser lavadas a essa temperatura), para ter a certeza de que o detergente sai todo. Depois, estendo de forma a que as partes mais sujas apanhem sol directo;

3. Quando tiro as fraldas do estendal, aproveito para ajustar logo as molas e juntar os absorventes (1 grande e 1 pequeno);

4. Pego no cesto das fraldas limpas, nos revestimentos e vou para a sala preparar tudo - esta é a parte mais chata. É a desvantagem das fraldas de bolso, ter de "montar" a fralda. Há fraldas (as tudo em um) que não necessitam deste passo, mas demoram bastante mais tempo a secar. À medida que as vou montando, vou colocando no cesto, já prontas a usar. É chato, mas quando entramos na rotina faz-se bem. Às vezes trato desse assunto enquanto vejo televisão, converso com o pai ou supervisiono a brincadeira da bebé.



Excepções ao uso das reutilizáveis e resolução de problemas
Fugas
Como já disse, há fugas com todas as fraldas, reutilizáveis ou descartáveis. E com as reutilizáveis até há menos de cocó, embora possa haver mais de xixi.
As fugas podem ser causadas por diversos factores e só a experiência de utilização ou experimentar mudar comportamentos nos permitem perceber o que as provocou.
Causas de fugas:
- A fralda estar mal ajustada ao tamanho do bebé e ficar demasiado larga (fazendo com que o xixi ou o cocó "escapem") ou demasiado apertada (causando pressão nos absorventes, que acabam por libertar xixi);
- Não se trocar a fralda com a frequência adaptada à quantidade e número de xixis que o bebé;
- A fralda estar entupida, ou seja, acumulação de detergente (ou cremes) que provoca a impermeabilização da fralda, fazendo com que o xixi seja repelido em vez de absorvido

Como desentupir as fraldas e prevenir que aconteça futuramente
- Se acham que as fraldas estão entupidas, lavem-nas normalmente e depois façam ciclos sem adicionar detergente e até deixar de verem "bolhinhas" ou espuma de detergente na máquina. A água ao ser agitada também provoca bolhinhas, mas rebentam logo. Quando isto me aconteceu (2 vezes), tive de fazer uns 3 ciclos longos só de água, tal não era a acumulação de detergente. E com fraldas lavadas que já estavam secas!
- Para prevenir é usar detergente adequado e, como descrevi anteriormente, ciclos longos para ter a certeza de que sai o detergente todo.

Qual é o detergente adequado
Quando comecei a usar as fraldas reutilizáveis a minha mãe aconselhou-me a fazer saponária com sabão azul e branco, pois era o que tinha feito às minhas, 32 anos. Ora, acontece que neste tipo de fraldas, a saponária é altamente desaconselhada (tal como o uso de barras de sabão) porque provoca entupimento. Lá tive de fazer uma carrada de ciclos, que me desentupiu eficazmente as fraldas.
Deixei de cometer um erro, mas continuei com outro que me levou ao segundo desentupimento em poucos meses: usar detergente líquido. Pois é. Achava eu que era treta das lojas e marcas, para nos fazerem comprar o detergente deles (mais caro), mas a experiência comprovou-me que não.
O detergente adequado é o detergente em pó. Pelo que decidi voltar a fazer o meu detergente, que é ecológico e que uso na nossa roupa e na dela. Os detergentes líquidos que tinha cá em casa, dei a uma instituição que precisava.
Já tive pedidos da receita e confesso que estou num dilema: publicar ou não. É que eu faço para vender. No entanto, a verdade é que receitas dessas estão por toda a internet e quem quiser fazer faz na mesma. Outra questão é que há muitas receitas que são más e não limpam o suficiente, pelo que a minha consciência me diz que mais vale partilhar a receita do que ter mães a experimentar receitas más na roupa dos seus bebés. Por isso, em breve a receita. (Já sabem é que o meu "em breve" pode demorar um pouco...)

Usar fraldas reutilizáveis à noite
Aqui vem a minha maior confissão: a Carminho nunca usou fraldas reutilizáveis à noite. Só descartáveis.
O motivo é muito simples, como já repeti várias vezes, ela é muito xixizeira e nunca as reutilizáveis durariam a noite inteira. Todas as manhãs as fraldas pesam imenso, de tanto xixi que têm. Se usasse as reutilizáveis iriam transbordar, molhando lençóis e acordando a pequena.
Só agora, que o tempo está a melhorar (para a roupa secar) e ela faz menos xixi, estou confiante para experimentar. Mas vou esperar que cheguem as de bambu e de cânhamo, que dizem ser as mais indicadas.

Quando não usar fraldas reutilizáveis
Com a excepção da noite, já houve outras alturas em que não usei fraldas de pano:
- Quando foi vacinada contra o rotavírus
- Quando teve candidíase
Em relação à vacina, esta trata-se da administração de um vírus vivo e que pode ser eliminado pelas fezes. Assim optei por não usar fraldas reutilizáveis e evitar que uma fralda ficasse mal lavada e, posteriormente, contagiar-me ou a ela.
Em relação à candidíase, o meu pensamento foi semelhante. A Carminho foi diagnosticada com uma candidate (numa fase muito inicial) e eu achei que estava a demorar demasiado tempo a passar. Optei por encostar as fraldas reutilizáveis durante duas semanas (até estar completamente segura de que tinha passado) e lavá-las todas com um pouco de anti-séptico feminino (lactacyd, no meu caso).




E pronto, até ao momento é o que tenho a dizer da minha boa experiência com fraldas reutilizáveis.
Sim, dão trabalho, mas valem a pena: ecológica, financeira e dermatologicamente.
Ah! E são giras. No verão basta terem a fralda posta, uma t-shirt ou um vestido e ficam super fashion.


Artigos relacionados:

Fraldas Reutilizáveis - Parte I: A Minha Escolha

Uma publicação partilhada por Menina (@ameninadajoaoxxi) a

Fraldas há muitas!
Há tanto tipo de fraldas de pano, tantas marcas e tanto artigo sobre elas que acho não ser necessário estar a repetir o que já foi escrito por essa internet fora.

Encontrei este artigo que achei ser o que melhor explicava cada tipo de fralda: o que são, como se usa, prós e contras.
Esta loja/página, não só tem este artigo que vos pode ajudar a decidir qual o melhor tipo para vocês (ou se fraldas de pano são para vocês), como tem muitos mais sobre mitos, resolução de problemas, etc.
Garanto-vos que não tenho nada a ver com a Meekbum, simplesmente gostei da forma como abordavam e explicavam o que tem a ver com as fraldas reutilizáveis.

A minha escolha
Como foram escolhidas as fraldas que usamos com a Carminho? A minha mãe encontrou, no OLX, 30 fraldas Gyzzo por 100€ e comprou.
Não tive grande opinião no assunto, não tive oportunidade de fazer pesquisa sobre tipos de fraldas, nada. Tinha 30 fraldas em casa, de bolso, giras, novas e só tinha de as usar.

As Gyzzo são de tamanho único, o que significa (em teoria) que servirão durante todo o tempo em que a Carminho usar fraldas. Na prática, as fraldas de tamanho único não são as melhores para recém-nascidos, ficam muito grandes, porque só começam a servir por volta dos 3,5kg. Mas isso é algo que depende de cada bebé. Há bebés que nascem com esse peso ou mais.

Disseram-me, numa loja que só vendia outras marcas, que tinham deixado de vender estas porque havia muitas queixas de fugas, mas também já percebi que estas queixas ultrapassam a questão da marca e é mais uma consequência de se usar fraldas de pano. As fugas dependem não só da marca, mas dos materiais que se escolhem e da experiência que os pais vão adquirindo com a prática ao perceber o ritmo dos bebés, de como devem lavar melhor as fraldas, etc.
Eu estou bastante satisfeita com as Gyzzo.

No meu caso, as fugas eram apenas um bocadinho das calças ou body molhados e provocadas pelo tratamento errado que eu dava às fraldas (já explico mais à frente). De qualquer modo, como a cada 3 dias faço uma máquina de roupa, não me fazia qualquer mossa ter de substituir as peças de roupa com mais frequência. 3 calças ou 6, vai dar ao mesmo. Era só andar com 2 ou 3 mudas na mala.
Mesmo com as descartáveis há sempre o risco de fuga, basta não apertarmos o suficiente ou ela ficar meio torta e já está sujo. E digo-vos que as piores fugas (de cocó quase até ao pescoço) foram com as fraldas descartáveis.



Partes das fraldas
No caso das Gyzzo, tratam-se de fraldas de bolso e são compostas por 2 partes (fralda e absorventes) e 1 acessório (revestimento ou liner).

Fralda:
Nestas fraldas, o exterior é de material impermeável e forra em lã. A forra em lã, que é a que está em contacto com a pele do bebé é óptima por secar rápido e por ser um material delicado para estar em contacto com a pele sensível. O exterior, impermeável, funciona como capa que impede o xixi de sair da fralda e molhar a roupa do bebé.
Como são fraldas de tamanho único, vêm com molas e velcro para que se adaptem ao tamanho e crescimento do bebé.

Absorventes:
Estes são feitos de microfibra, que é um material que absorve muito rapidamente o xixi, mas não é o mais indicado para aguentar muito tempo sem mudar a fralda, logo não é o melhor para noites. Imaginem os panos amarelos de cozinha: absorvem a água num instante, mas se ficarmos a pressionar ela sai com muita facilidade. Há outros materiais, como o bambu ou o cânhamo, que não são tão rápidos a absorver os líquidos, mas que os contêm mais. Encomendei absorventes destes materiais, porque quero que a C. comece a usar as de pano durante a noite e quando fizer a experiência venho fazer um update e contar tudo.
Cada fralda vem com dois, um mais fino e um mais grosso. Se usam apenas um ou os dois, dependerá dos xixis do vosso bebé. Por aqui sempre usámos um de cada, porque a Carmita estava sempre a fazer xixi e grandes. Agora que já está mais crescida e eu reparo que não faz tanto, vou começar a usar apenas o maior, enquanto não chegam os novos (se dão para a noite, também dão para o dia).

Revestimentos:
São uma espécie de papelinho que se coloca entre a fralda e o rabiosque do bebé. São opcionais e perfeitamente dispensáveis enquanto o bebé apenas bebe leite.
Enquanto não se faz a introdução dos sólidos, o cocó do bebé (especialmente o de leite materno), sai muito bem com as lavagens e um pouco de sol (o sol é milagroso!). Quando começam os alimentos sólidos, os revestimentos dão jeito porque é só pegar no papelinho e deitar fora (lixo ou sanita, conforme a marca) e impedem que suje tanto a fralda.
Outra utilidade do revestimento tem a ver com a aplicação de cremes para o rabiosque. Mesmo que as fraldas de pano provoquem menos assaduras, elas acontecem sempre ou o bebé tem de fazer algum tratamento e precisamos de usar cremes. Os cremes não devem ficar em contacto com a fralda de pano, porque provocam entupimento/impermeabilização do material que resulta em fugas e podem estragar a fralda. Portanto, é um acessório que convém ter à mão, nem que seja para usar apenas nessas alturas.
Se quiserem fazer os vossos próprios revestimentos (e porque não?), utilizem tecidos naturais que permitam a respiração da pele e não absorvam a humidade, como algodão. Já li mães que fizeram revestimentos com tecido polar (por exemplo), não é uma boa ideia porque é um material muito sintético, quente e que absorve a humidade natural da pele e não a deixa respirar. Por exemplo, flanela é um bom material: é confortável, suave e natural.



A minha experiência
Antes de usar:
Ainda a Carmita não tinha nascido e já tínhamos as fraldas cá em casa, prontas a serem usadas.
As fraldas costumam vir com instruções e, tal como muitos electrodomésticos, precisam de ser lavadas antes de usar. Aliás, toda a roupa (de bebé e nossa) deve ser lavada antes de usar pela primeira vez. Simplesmente, no caso das fraldas não é apenas dar uma lavagem rápida e seguir com a nossa vida.
Neste caso, aconselhavam uma lavagem com detergente e duas sem detergente. Basicamente é o tratamento que se faz às fraldas entupidas (ver mais à frente). Portanto, 3 lavagens e colocar no estendal a apanhar solinho.

Quando começar a usar:
Só conseguimos começar a usar as fraldas reutilizáveis quando a Carmita tinha entre mês e meio e dois meses, não sei precisar melhor. Antes disso, ficavam-lhe gigantes, mesmo apertadas no máximo.
Até lá, usámos descartáveis. Sim, há fraldas de pano próprias para recém-nascidos, mas poupem-me. Mãe pela primeira vez, com um pós-parto terrível em que só comecei a andar como deve de ser 6 semanas depois, acham mesmo que me ia preocupar com fraldas? Com lavar fraldas? E o pai? O pai ainda hoje nem consegue prepará-las (algo que vai ter de aprender em breve, porque ele tem de saber fazer tudo). Há momentos em que temos é de pensar em simplificar a nossa vida e o ambiente fica em segundo plano.
Até começar com as reutilizáveis, usei as Libero. Falaram-me muito bem e eu acho que com recém-nascidos é melhor não inventar muito.

Como secar:
As Gyzzo, como quase todas as outras (se não forem todas), podem ir à máquina de secar roupa.
Pessoalmente, não sou fã de máquina para secar a roupa. Gosto que a roupa seque ao ar e exposta ao sol. Estou sempre a falar do sol, mas acreditem, não há melhor do que o sol para desinfectar e tirar manchas.
É mais chato é no inverno e, se tivesse máquina, provavelmente passaria as fraldas por um programa rápido de secagem e a seguir iam para o estendal para terminar e apanharem sol. Ou apanhavam primeiro sol e acabavam na máquina. Estamos num país onde há sol todo o ano, inclusivamente no inverno. É de aproveitar.

Os absorventes - quantos usar:
Como falei acima, depende do bebé e do tempo com que ele vai ficar com a fralda.
Durante o dia, sou apologista de se mudar a fralda com frequência. Mesmo que os absorventes sejam bons e o interior da fralda fique seco, houve xixi em contacto com a pele e ela estará suja. De qualquer forma, à medida que vão ficando mais cresciditos, vão fazendo menos xixi e sujando menos fraldas.
Mesmo espaçando os xixis, a Carmita sempre fez grande quantidade, pelo que usamos dois (um grande e um pequeno). Agora, vou experimentar deixar apenas o grande e ver como resulta. Tenho reparado que as fraldas estão menos "cheias", quando as mudo. Quando chegarem os absorvente novos também terei mais comparações a fazer: noite e dia, materiais (microfibra, cânhamo e bambu).


Na Parte II, falo da minha rotina passo a passo, das minhas excepções ao uso de fraldas reutilizáveis e de resolução de problemas (como fugas, desentupimento de fraldas, candidíases e vírus). 

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