quinta-feira, 9 de março de 2017

A Mini Mi ainda não nasceu, mas já sou Mãe

É a fase mais fácil da maternidade, mas já sou mãe.
Desde que descobri que estava grávida que sou mãe. Porquê? Porque, apesar de ainda estar dentro de mim, já fiz mudanças na minha vida para lhe proporcionar o melhor desenvolvimento possível.


Foto retirada daqui

Tudo o que faço, seja escolher o que como, o que bebo, tomar o ácido fólico, fazer exercício, deitar-me de determinada forma, ouvir certa música, estar em certos ambientes, etc, tudo é feito a pensar nela e no que é melhor para ela. Se estou a ingerir todos os nutrientes, se o que ingiro lhe fará mal, se a estou a esmagar por estar numa determinada posição, se o ambiente está cheio de fumo, dizer que não a um bocadinho de álcool, etc.
Desde que me deito até que acordo todos os meus movimentos e escolhas são feitos a pensar na sua saúde e no seu bem-estar.

É o mesmo que já ter um bebé nos braços a chorar porque quer mama, está cansado, tem cólicas, quer afecto...? Obviamente que não.
É o mesmo que ter uma criança a fazer birra porque quer ver os desenhos animados, quer que lhe compre um chocolate na fila do supermercado, quer que lhe dê aquela boneca ou mais outro drama das crianças que fazem birra? Claro que não.

É o mesmo que ter um adolescente a virar a cara, a gritar (mais birras...) ou a bater portas porque não a deixo sair à noite com gente que não conheço de lado nenhum, porque ninguém compreende como sente tanto, porque aquele é o amor da sua vida, porque não irá ao RiR ou ao Alive; ou descobrir preservativos ou ganzas ou aturar-lhe a primeira bebedeira/ressaca? Não, nem pensar.



É o mesmo que ter um "jovem adulto" a entrar em casa de madrugada bêbado, todo pintado e sujo porque entrou na universidade; que nunca pára em casa porque está a "estudar" em casa de amigos; que quer ir de férias para não sei onde e idealmente longe dos pais; que me pedirá um balúrdio para fazer uma viagem sem o mínimo de cultura como viagem de finalistas quando em sequer é finalista? Definitivamente, não.
Nem é o mesmo que ter em casa um jovem licenciado sem saber o que fazer em relação ao seu futuro profissional, porque não é assim tão fácil exercer a profissão para a qual se esteve a estudar nos últimos anos.

Mas já sou mãe. Ainda não a sentia nem a barriga estava crescida, ainda só tinha um pauzinho com um resultado positivo, e já estava a iniciar o percurso da maternidade.
Preocupando-me com ela, falando com ela, preparando tudo para o dia em ela sair da minha barriga para os meus braços. Sendo picada de tempos a tempos, indo todos os meses para o centro de saúde, evitando sítios cheios de gente por causa das viroses, bebendo aquela treta para o teste da glicémia, aguentando os piores dias da minha vida (fisicamente falando) durante o primeiro trimestre, preocupando-me com os resultados das análises e o que significam para o seu desenvolvimento saudável.

É a fase mais fácil da maternidade, sem dúvida.
A fase em que sofremos menos, a fase em que eles sofrem menos, a fase em que temos mais controlo. Mas já sou mãe.

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